quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Vale a Pena Ler: Uma História Maluca



Achei esse texto no blog Update or Die, na seção de histórias mirabolantes. Nem preciso dizer que me identifiquei, não é?


Dia 23 de março de 1994.
Notícia publicada pelo Associated Press com o título “Assassinato ou suicídio?”.

O médico legista examina o corpo de Ronald Opus.

O resultado é conclusivo: morte por tiro de arma de fogo, na cabeça.

Estranhamente, a investigação policial até aquele momento relatava que a vítima havia saltado do décimo andar de um prédio, com a intenção de cometer suicídio. Havia inclusive um bilhete, comprovando sua vontade. Porém, logo após o salto, ao passar pelo nono andar, Ronald Opus foi atingido por um tiro que atravessou a janela e o matou imediatamente.

Ronald Opus, já morto, caiu em uma rede de segurança no oitavo andar, colocada ali por operários que faziam a manutenção da fachada do prédio. Não fosse pelo tiro, a tentativa de suicídio de Ronald Opus teria sido frustrada.

Do ponto de vista técnico, se uma pessoa de fato inicia um movimento com intenção suicida, comete suicídio mesmo que não seja bem sucedida. O fato de ter levado um tiro enquanto estava em queda não alteraria o desfecho do caso, mas sob a ótica da avaliação do legista, diante de um corpo com um tiro na cabeça, o caso era de homicídio.

As investigações continuaram e descobriram o autor do disparo no nono andar. Era um senhor, já de idade bastante avançada. Sua intenção era ameaçar e assustar sua esposa apontando uma arma, durante uma discussão acalorada entre os dois. 

Sua mão já não era firme e quando o gatilho foi pressionado, o tiro errou completamente o alvo, passando através da janela para se alojar na cabeça do suicida, que passava em queda justamente naquele momento.

Em uma tentativa de assassinato de uma vítima A, mas que acaba assassinando uma vítima B, o assassino é obviamente culpado e responsável direto pela morte da vítima B. Essa foi a explicação dada ao velhinho, que se defendia alegando que não teve a mínima intenção de matar ninguém. Nem mesmo sua esposa. 

O casal prestou depoimento em comum acordo e ambos alegaram que não sabiam que a arma estava carregada. Apontar a arma era algo que já havia acontecido diversas vezes entre o casal, em discussões anteriores, mas sem que houvesse a real intenção de matar, já que a arma nunca estava carregada. A morte do suicida teria sido um acidente inexplicável.

Dias mais tarde surge uma nova peça no quebra-cabeças. Uma testemunha, que afirma ter visto o filho do casal colocando balas na arma, aproximadamente 6 semanas antes do dia do disparo. Uma investigação mais aprofundada mostrou que a havia uma relação problemática entre filho e mãe (na verdade madrasta). 

E sabendo da mania do pai de apontar a arma cada vez que discutiam, resolveu carregá-la na esperança de um disparo real, o que realmente acabou acontecendo.

O caso agora apontava para um homicídio de Ronald Opus, pelo filho do casal.

Mas agora é que vem a parte realmente bizarra.

Ronald Opus, o suicida, era o filho do casal.

Umas espirais depressivas originadas pelos conflitos com a madrasta haviam levado o jovem a saltar do décimo andar do prédio onde morava, no dia 23 de março de 1994, para ser atingido pela própria bala que havia carregado na arma do crime.

O caso foi fechado pelo legista como suicídio.

Antes de qualquer coisa, a história não é real, ok? Apenas foi “por acaso” parar nos jornais, mesmo sendo mentira.

Espero que vocês tenham gostado, eu adorei o final dela. Parecia que eu estava assistindo CSI.

Por: Caah

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