A borboleta é uma das criaturas mais belas já vistas. Sua vida começa quando é apenas uma larva, que se transforma em uma lagarta, período em que ela passa o maior tempo de sua existência e, por fim, fecha-se em um casulo para se transformar nos insetos que vemos voando em campos de flores ou em sítios. É difícil acreditar que esse tempo dura tão pouco.
Batendo asas, descansando nas flores, vivendo calmamente, como se tivessem todo o tempo do mundo. É desse jeito que as borboletas ficam após se transformarem e saírem do casulo. Apesar de saberem o pouco tempo a mais que têm para ficar rodando pela Terra, elas não se importam. Era nisso que eu estava pensando quando me atrasei para o colégio e estava esperando o início da segunda aula.
O ser humano se preocupa com coisas banais, contam cada segundo que passa, mas não o aproveitam. Não vivem. Porque nós não somos como as borboletas? Porque não vemos a beleza das coisas simples? A sua importância? Estamos sempre correndo e deixamos passar os detalhes, como uma mãe brincando com seu filho, um cachorro abanando o rabo de felicidade e a risada de uma criança.
Agora me lembro de estar tão preocupada em chegar na hora certa no colégio que não percebi uma gata que amamentava seus filhotinhos. Será mesmo que eu não tinha cinco minutos para parar e tentar protejê-los do vento cortante e do frio congelante que fazia nessa manhã? Talvez eu pudesse tê-los ajudado a passar por mais um dia.
Às vezes é difícil perceber o que acontece ao nosso redor. Não falo apenas de ajudar animais, mas às vezes um simples “oi” pode mudar o dia de uma pessoa, uma conversa pode animar um coração partido e, é claro, um sorriso pode alegrar até a mais triste alma.
É muito utópico dizer que temos que mudar nosso comportamento e pensar que apenas isso acabaria com todas as tristezas do mundo. Não, não é assim que funciona, mas tudo começa com pequenas ações, assim como o voo da borboleta.
Por: Bree
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